Por Dedé
Rodrigues.
IV – parte.
Na primeira
matéria que escrevi sobre o debate na educação que houve na Câmara de
Vereadores, 24\04 levantei a tese de que “não haverá desenvolvimento para todos
enquanto os governantes não atenderem as nossas reivindicações”. Não penso que
a educação vai resolver todos os problemas do Brasil, no entanto, como todo
fenômeno social está relacionado, a defasagem educacional no Brasil torna-se
entrave ao desenvolvimento econômico, político, cultural, social etc. Já reforçaram
a minha tese nessa sequência de matérias Joel Mariano, Alecsandra Barros e
agora o Professor e dirigente do SINTEPE Francisco Maciel.
O professor
Francisco Maciel começou a intervenção dele falando que “esses três dias de
greve foi para chamar a atenção da sociedade brasileira sobre a necessidade de
fazer uma revolução na educação”. E além
de abordar e tirar dúvidas sobre muitas questões relacionadas com o dia-a-dia
do professor ele afirmou que “perdemos na média para 47 profissões com a mesma
formação e uma mesma jornada que a nossa”.
O professor
Francisco ainda tirou diversas dúvidas sobre questões nossas do cotidiano, como
por exemplo: sobre as aulas atividades e sobre a frequência na caderneta e a frequência
online. Ele também disse que é preciso
cobrar dos congressistas o Plano Nacional de Educação e os 10% dos royalties do
petróleo para educação, pois está tudo travado no congresso e a imprensa não
fala nada. Falou da nossa dificuldade em fazer mestrado e doutorado, entre outras
coisas.
Francisco,
além de reforçar na sua intervenção as questões mais gerais sobre a educação já
abordadas por mim e Joel, ele traz uma série de informações sobre a nossa
realidade. Ele levanta algumas questões com base em nossos salários mais ou
menos assim: “como vamos conhecer a realidade com a velocidade da informação sem
ter acesso a ela”? “Eu duvido que um advogado não invista em livros e em
tecnologia”. Para ele a sociedade devia brigar pelo professor como briga, às
vezes, por coisa menor. Segundo
Francisco “a sociedade tem que parar para pensar na nossa realidade”: “salas superlotadas,
quentes, jornada até quádrupla para 86% dos professores da educação infantil, baixos
salários, livros caros, doenças da profissão etc”. Quais são as consequências
disso tudo? Eu respondo: evasão escolar, repetência, baixo rendimento escolar, falta
de mão -de - obra qualificada no mercado de trabalho, atraso tecnológico, subdesenvolvimento,
desigualdade social e a falta da qualidade no ensino. Está dando para perceber
a relação dos fenômenos sociais? Na próxima matéria para apimentar o debate com
a palavra a professora Paula Amaral. Fique ligado!
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