sábado, 20 de abril de 2013

JEGUE: SÍMBOLO DO SERTÃO ESTA AMEAÇADO!

(por Sandro Ferreira)


Durante séculos o jegue foi o animal de estimação oficial das famílias do sertão. Era considerado amigo, companheiro de trabalho e um meio de transporte capaz de buscar água no riacho próximo e voltar sozinho. Em alguns relatos históricos, é possível ver que os jegues eram o patrimônio mais valioso que um pai podia deixar para o filho. Mas esse tempo acabou. Hoje é possível comprar um jumento por R$ 1, enquanto uma galinha custa sete vezes mais. 

Agora que a motocicleta domina o sertão, a água encanada e o fogão a gás chegaram em quase todas as residências, o jumento, depois de 400 anos de contribuição ao desenvolvimento do Nordeste virou 'persona non-grata'.

Hoje com as facilidades de financiamento, houve um crescimento muito grande do uso de motos para o transporte local e os jegues estão perdendo espaço no interior do Nordeste.

O animal vem se tornando assunto em todo o Brasil. Em meio aos produtos brasileiros exportados para a China, o novo objeto de desejo é o popular jegue nordestino. Há cerca de um mês, um acordo entre os dois países liberou o intercâmbio de jumentos – também conhecidos como jegues ou asininos, utilizados na indústria chinesa de alimentos e cosméticos.

Os chineses pretendem importar 300 mil jumentos por ano do Nordeste, onde o animal é encontrado em abundância.

A China já abate 1,5 milhão de burros ao ano. O processo envolve tecnologia de ponta, com melhoria genética, produção de alimentos específicos e assistência técnica.

Fonte: CANCAO DE FOGO,Alex Costa e José de Paiva Rebouças.
Foto: Orlando Brito

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fonte: defensores do bioma caatinga

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