(por Sandro Ferreira)
O PPS é o novo partido a seguir na caminhada do PSB para discutir o Brasil. Em ato político realizado no Recife, o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, e integrantes do diretório nacional oficializaram a posição do partido ao governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos. Com isso, o PPS passa a integrar a frente, que já conta com o Rede Sustentabilidade e o PPL.
Roberto Freire destacou que a decisão partidária foi tomada após um intenso debate, que culminou com o apoio da maioria da sigla para uma candidatura do PSB à Presidência da República. "Esse ato representa a unidade do PPS em torno dessa decisão. Temos companheiros de todas as tendências que anteriormente tínhamos, que discutiram as várias alternativas para cenários de 2014. O que o governador Eduardo Campos vem colocando como superação da atual etapa se identifica conosco, particularmente na posição quanto à gestão econômica", afirmou Freire.
"PPS e PSB são dois partidos históricos, duas forças que sempre buscaram a democracia, e que lá atrás contribuíram, inclusive a partir de movimentos no Recife, para encaminhar políticas nacionalmente. Não é para imaginar uma reedição, mas não estamos nos reencontrando no vazio. Este é um reencontro histórico. Éramos aliados históricos de um determinado partido, do qual nos afastamos em 2004, quando houve uma ruptura. Mas essa é uma etapa que temos que ultrapassar, e podemos estar ajudando uma força política a reescrever a história da política brasileira a partir de 2014", continuou o presidente do PPS. "Nós estamos aqui para dizer que o PSB pode contar conosco. Vamos contribuir com nossa tradição de formar frentes. Não é por tempo de televisão ou por termos uma grande estrutura. Na verdade, só não somos um partido nanico porque temos história, e essa história está a serviço agora da candidatura do PSB", completou Roberto Freire.
O governador Eduardo Campos classificou o encontro como um passo importante no sentido de construir uma campanha "que deve ser vitoriosa e que tem um sentido histórico". "A união dos nossos partidos não precisa de explicações. Em todos os momentos importantes da vida pública brasileira, estivemos juntos em todos os ciclos que vivemos nos últimos 30 anos - de construção da democracia, de estabilidade econômica e de inclusão social. Lamentei quando não contávamos mais com o PPS na base de apoio ao atual governo, mas entendemos as circunstâncias. A vida seguiu, tivemos papeis que couberam a cada um dos partidos e mantivemos intacta nossa relação de respeito, de companheirismo em torno de valores que são mais importantes que disputas eleitorais. Somos militantes da causa do povo, socialistas por convicção, com a capacidade de olhar ao horizonte, de pensar ao longo prazo as mudanças que ocorrem no Mundo. Nesse instante nos é dada uma nova tarefa, de fugir da polarização posta, pensar o Brasil numa narrativa a longo prazo, pensar o que queremos neste século. O Brasil tem pressa, o povo brasileiro demonstrou nas ruas a urgência dessas mudanças", afirmou Eduardo Campos.
"Não podemos amesquinhar e apequenar o debate político do Brasil. Precisamos do debate mais sério, mais profundo, que respeite a todos que vieram antes de nós. Não estamos para atacar quem quer que seja. Estamos para dizer que é preciso colocar o Brasil em debate. Não podemos interditar o debate no Brasil, patrulhar forças políticas que querem exercer o legítimo direito democrático de discutir economia, saúde, educação, mobilidade, qualidade de vida do povo, reforma agrária. Discutir e propor caminhos inovadores que façam impacto na vida do povo. Esse conjunto quer colocar em debate o Brasil. E o Brasil vai ter esse debate", ponderou.
"É hora de compreender que o pacto político que está em Brasília não expressa mais o pacto social que quer um Brasil Melhor. Todos no Brasil sabem disso. Esse pacto já deu o que tinha que dar. O que ele pode produzir para o futuro é muito pouco ou é retrocesso. A chegada do PPS neste momento reforça e traz para todos nós a confiança de que vamos seguir alargando essa frente, com identidade mantida, com nossos compromissos mantidos, no meio da sociedade, do povo, podendo construir a consciência de que o Brasil vai ter opção em 2014", concluiu o presidente nacional do PSB.
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