"Ao longo de todo o ano, a oposição atuou em torno de um teatro de mentiras. Tal teatro buscou justificar o que eles defendem, um chamado choque fiscal, que nada mais é do que o retorno de era obscura, a era FHC. E o que é esse tal choque fiscal? Nada mais é do que mais juros, câmbio sobrevalorizado, contenção dos salários. Ou seja, a defesa de um tripé nocivo ao processo, em curso a mais de uma década, que prevê a valorização real dos salários, geração de empregos, fortalecimento do Estado, distribuição de renda. Essa é proposta da oposição, e está claro que ela só tem um beneficiário: o rentista".
Renato Rabelo
Renato: Em 2014, nossa meta é reforçar a luta pelo avanço do país
"A sociedade brasileira, pelo sistema estrutural vigente, é muito desigual e discriminatória. Por isso a nossa luta em prol de reformas estruturais e democráticas. Somente elas poderão iniciar um processo de mudança real no Brasil", afirmou Renato Rabelo, presidente do PCdoB, em sua última entrevista, em 2013, no programa Palavra do Presidente.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
Durante o balanço das lutas travadas ao longo do ano, o líder comunista reafirmou que é preciso estarmos alertas em 2014, pois em 2013 não foram poucos os ataques empreendidos pela oposição conversadora e a mídia golpista.
"Ao longo de todo o ano, a oposição atuou em torno de um teatro de mentiras. Tal teatro buscou justificar o que eles defendem, um chamado choque fiscal, que nada mais é do que o retorno de era obscura, a era FHC. E o que é esse tal choque fiscal? Nada mais é do que mais juros, câmbio sobrevalorizado, contenção dos salários. Ou seja, a defesa de um tripé nocivo ao processo, em curso a mais de uma década, que prevê a valorização real dos salários, geração de empregos, fortalecimento do Estado, distribuição de renda. Essa é proposta da oposição, e está claro que ela só tem um beneficiário: o rentista", relembrou Renato Rabelo durante a entrevista.
E mais, o presidente do PCdoB esclareceu que o receituário proposto pela oposição conservadora, se converte em um duro custo social ao país. "Essa experiência nós já conhecemos. Ela não serve para o Brasil. Esse receituário foi prescrito para a Europa e lá os efeitos colaterais foram: desemprego em alta, corte de salários e de direitos sociais, ou seja, quem pagou essa conta foi o trabalhador". E completou: "Como ouvir a voz das ruas defendendo redução do Estado, defendendo corte nos investimentos?", questionou o líder comunista.
Como reposta para essa onda reacionário empreendida pela oposição ao longo dos últimos anos, e especialmente em 2013, Renato deixou claro que "a luta pela reforma política é central, sem ela nào avançaremos na democracia. E mais, a reforma dos meios de comuncação é outra e da mídia batalha que precisamos vencer".
Ele reafirmou que 2014 dará espaço a uma intensa luta, na qual os comunistas tem um papel estratégico.será central
Manifestações de Junho
Durante a entrevista, Renato também refletiu sobre as manifestações de junho, que ocorreram em todo o Brasil. Ele destacou a validade das manifestações (veja mais) que reivindicaram bandeiras necessárias para o Brasil.
"As bandeiras pelo povo nas ruas do Brasil são legítimas. As cidades vivem hoje uma crise urbana que precisa ser combatida. Ou seja, estamos diante de demandas urgentes que chamam os governos (federal, estadual e municipal) à sua responsabilidade", pontua o líder comunista.
Jornada de Luta da Juventude, em 2013, tomam as ruas para lutar por mudanças, por uma nova arrancada. Foto: Fernando Donasci/UOL.
Renato lembra que a nova realidade do Brasil é o grande influenciador dessa efervescência. "O povo quer mais. O PCdoB refende uma nova arrancada. A presidenta entende isso e já deu seus primeiros passos nesse sentido. Não podemos perder a oportunidade de reformar o Brasil. Para 2014, nosso lema é continuar a luta pelas reformas estruturais, pelo avanço do Brasil".
13º Congresso Nacional do PCdoB
Na oportunidade, o presidente Nacional do PCdoB falou sobre a realização do 13º Congresso Nacional do PCdoB, que ocorreu nos 14, 15 e 16 de novembro em São Paulo. Nas suas palavras: "Foi u Congresso vitorioso e que refletiu a força do Partido pelo Brasil".
Ele lembrou que o Congresso fez amplo balanço dos últimos dez anos de governos populares e progressistas no Brasil, nos quais o Partido teve ampla participação. Ele também destacou o simbolismo da presença da presidenta Dilma Rousseff. "É singular ter presente a mandatária do país. Dilma falou dos avanços do Brasil e reconheceu a contribuição dos comunistas nos diferentes setores sociais e políticos", afirmou Renato.
O dirigente comunista ainda pontuou que os debates realizados em todas as etapas de preparação para o Congresso sinalizaram concordância com as propostas apresentadas nas teses. Renato ainda destacou o denso debate e entendimento dos comunistas e das comunistas no que se refere ao processo analisado e às propostas que o PCdoB quer implementar para construir um novo Brasil, as quais estão resumidas nas 6 reformas (Tributária, Agrária, Urbana, Educação, Mídia e Política).
“Terminamos o 13º Congresso com um sentimento de que estamos cada vez mais fortes e comprometidos com as bandeiras do povo brasileiro”, avaliou o presidente do PCdoB, contando que foram aprovadas resoluções atuais, justas e que orientam o partido para uma nova e desafiadora etapa do Brasil.
Ouça a íntegra da entrevista na Rádio Vermelho:
Retrospectiva 2013 - Entrevista Renato Rabelo
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