quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Ciclistas se mobilizam por redução de IPI para bikes

(por Sandro Ferreira)
Uma organização liderada por ciclistas, que reúne 120 entidades e empresas, elaborou um abaixo-assinado para pedir a redução e isenção do IPI das bikes vendidas em todo o Brasil. Chamado deBicicleta para Todos, o movimento evidencia a importância de abaixar os preços do veículo não poluente, considerando a popularização das bikes e os benefícios oferecidos ao planeta e ao bem estar das pessoas.
Redução de 10% do preço atualmente praticado já seria capaz de fazer aumentar vendas em quase 15%.
As melhores condições da infraestrutura cicloviária no país e o aumento de adeptos são os principais motivos que despertaram a luta pela redução da carga tributária sobre o veículo. Hoje, o Brasil é o terceiro produtor e quinto consumidor de bikes, mas, segundo os cálculos realizados pelo Bicicleta para Todos, uma redução de 10% do preço atualmente praticado já seria capaz de fazer aumentar em quase 15% o número de vendas em todo o território.


Para além das questões relacionadas a um estilo de vida mais saudável, a inclusão social é uma das principais preocupações do movimento, uma vez que a média de preço de uma bicicleta no Brasil é de R$ 219 – e, de acordo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), quase um terço das pessoas que utilizam a bike como meio de transporte possui renda familiar de até R$ 600.
A falta de vontade política e de engajamento com o meio ambiente também são fatores combatidos pelos ciclistas, na luta pela redução da carga tributária. Assim, se, de um lado, a bicicleta brasileira é fabricada e vendida com os preços mais altos do mundo, por outro lado, nos últimos tempos, os automóveis tiveram isenção de IPI garantida no país, intensificando o caótico cenário do trânsito nos grandes centros urbanos, que provoca o aumento das emissões de carbono, a redução da qualidade de vida das pessoas e também o enfraquecimento dos transportes não poluentes.
Na prática, o Bicicleta para Todos espera que as bikes sejam um bem de consumo durável que se encaixa ao poder de compra dos brasileiros. O estudo “Análise econômica do setor de bicicletas e suas regras tributárias”, elaborado pela consultoria Tendências e pelo Abraciclo, aponta que a tributação média atual sobre o custo das bikes no Brasil é de 72,3%, enquanto 41% da produção no país é informal, graças à carga tributária mais do que pesada já nos processos de fabricação.
fonte: Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo

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