quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

UMA BOA NOTÍCIA PARA A PAZ NO MUNDO.

POR Dedé Rodrigues.


Uma matéria intitulada "EUA: Maioria quer país longe dos problemas internacionais" ascende uma luz  no fim do túnel pela paz no mundo.

É que pela primeira vez em meio século, a maioria dos estadunidenses acha que os Estados Unidos têm um papel menos importante no mundo do que há dez anos, e 70% acham que o seu país é menos respeitado do que no passado. Perante isto, 52% acham que os EUA deviam “cuidar da sua vida em termos internacionais e deixar os outros países em paz”.



Manifestação contra uma intervenção americana na Síria em Nova Iorque: estadunidenses não querem que o seu país tenha uma atitude intervencionista | Foto: Carlo Allegri - Reuters

Os resultados do inquérito “O lugar da América no Mundo”, um estudo feito de quatro em quatro anos sobre as atitudes dos norte-americanos em relação à política externa feito pelo Centro de Investigação Pew e pelo think tank Council on Foreign Relations mostram que desde 2004 mais do que duplicou a porção de norte-americanos que dizem que os EUA são menos poderosos. Apenas 17% dizem que o seu país tem hoje um papel mais importante do que há dez anos – em 2004, essa era a opinião de 45% dos cidadãos americanos.

Pela primeira vez desde 1964, mais de metade (52%) dos americanos acha que o seu país se devia concentrar nos seus próprios problemas, em vez de se preocupar com os dos outros. Há dois anos, as respostas dividiam-se mais – 46% concordavam com esta afirmação e 50% discordavam. Em 2006, havia mais americanos a favor do empenho nas questões internacionais do que em olhar para o umbigo do país.

Mas se os americanos preferem que os seus governantes se preocupem com os assuntos caseiros, mais de metade (56%) afirma que os EUA devem tentar continuar a ser a única superpotência militar. E cerca de dois terços (68%) não consideram que o poderio militar norte-americano esteja a perder terreno para ninguém – essa visão continua estável ao longo dos anos. Desde 2009 que 32% aceitam a ideia, no entanto, de que a China poderá vir a tornar-se tão poderosa como os EUA.

Para os americanos, a China é o motor econômico do mundo: é o que pensam 48% dos cidadãos. Apenas 31% dão a primazia ao seu próprio país. O ano de 2008 foi o último em que os cidadãos dos EUA consideraram que o seu país era a maior potência económica (41% vs 30% para a China).

Se a política externa era considerada um ponto forte do Presidente Barack Obama, a maioria dos seus compatriotas já não pensa assim. A maioria (56%) desaprova a sua atuação, sobretudo no que toca ao quase ataque à Síria, ao acordo sobre o nuclear com o Irão, à relação de competição com a China e à longa guerra no Afeganistão. Por isso há praticamente tantos americanos a considerarem que os estrangeiros não respeitam o seu país como no final do mandato de George W. Bush (71%).

Só na luta contra o terrorismo Obama consegue nota positiva, graças à captura de Bin Laden (51%). Se metade dos americanos considera que o uso de drones para matar terroristas islâmicos à distância no Paquistão os deixou mais seguros, só 31% acham que a guerra no Afeganistão – com a retirada iminente das forças norte-americanas, após 12 anos de ocupação, no início do ano – deixou os EUA mais seguros. Muitos (43%) consideram que a guerra lançada após os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001 em território americano não deixou a América mais livre de sofrer novos ataques.

Quanto aos polêmicos programas de vigilância eletrônica maciça revelados pelas fugas de informação feitas pelo analista informático Edward Snowden, 39% não consideram que estas práticas deixam a nação mais segura. Outros 38% acham que não fizeram diferença nenhuma, e 14% afirmam até que tornaram os EUA menos seguros.

Fonte: Público

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