Por Dedé Rodrigues.
Na quarta-feira passada, dia 11\12, aconteceu a “aula da saudade” do 4º Normal Médio da Escola Arnaldo Alves Cavalcanti na Pizzaria e Churrascaria Aconchego da Gente. Foi um momento de muitas mensagens de despedidas e reflexões sobre os 04 anos do Curso Normal Médio. No encontro também foram tiradas muitas fotos para registrar esse momento único, além da turma e seus professores saborearem um delicioso jantar. Veja as fotos e uma singela reflexão do professor.
Nestes momentos de alegria e despedidas devemos refletir sobre a difícil e árdua tarefa de educar gerações. Por que e para que nos tornamos professores? Foi só para receber um salário no final do mês? Foi só para preparar os discentes para o mercado de trabalho? Ou foi para despertar o senso crítico nos educandos para eles mudarem a realidade na qual vivem contribuindo assim para que a nossa escola cumpra com a sua função social?
Vivemos em um sistema que cultua o individualismo, o lucro, a exploração e a competição como valores maiores. É para reproduzir estes valores que nos tornamos professores? Para onde as pessoas estão levando o mundo com esses valores? Com a voracidade capitalista estamos destruindo o meio ambiente, causando guerras e colocando a própria vida na terra em xeque.
Não, minhas queridas e meus queridos alunos, os nossos valores devem ser outros, como a solidariedade, a fraternidade, a liberdade e o bem comum. Nosso sistema não pode ser este, se queremos impedir a catástrofe nuclear. Torna-se urgente a defesa da paz e a luta contra todo tipo de opressão, exploração, discriminação e violência. A luta pela paz e contra as guerras devia ser também um dever do professor. Seres humanos alienados não lutam para mudar a realidade na qual vivem. A educação para a libertação, como defendia Paulo Freire, precisa ser incorporada por nós docentes. Só os seres humanos conscientes e sujeitos da sua própria história podem levar a prosperidade coletiva e construir a paz tão necessária neste mundo. Defendo que esta seja a principal tarefa do educador.
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