Enquanto nós acompanhávamos aqui a batalha do impeachment, na vizinha Argentina, uma semana depois da posse do governo de direita, as ruas já se enchiam de povo para tentar proteger as conquistas dos últimos anos;
20 mil pessoas fizeram manifestação diante do Congresso em defesa da “Ley de Medios”, que desfez o controle monopolístico dos meios de comunicação naquele país.
O ministro de Comunicações do presidente Maurício Macri, Oscar Aguad, disse que a lei não vai continuar a existir e a rua começou a dizer que vai.
Ontem mesmo, um juiz anulou a decisão da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual – uma espécie de agência para o setor, cujos dirigentes têm mandatos, como nas nossas, aqui – que previa a reestruturação do Grupo Clarín – o maior conglomerado privado de mídia do país – segundo os critérios da “Ley de Medios”.
Embora a reorganização vise limitar o controle de veículos de comunicação por uma mesmo grupo, o Clarin usa alguns de seus empregados “medalhões” como proponentes da ação, para invocar o direito a liberdade de imprensa como sustentação de suas intenções.
As recentes nomeações de juízes para a Corte Suprema por decreto, atropelando a necessidade de aprovação do Congresso – onde Macri não tem amioria – é vista como uma preparação para tentar anular “no tapetão” as medidas de limitação ao poder econômico da mídia.
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