Frente Brasil Popular reitera apoio a Dilma em reunião no Planalto
Representantes da Frente Brasil Popular se reuniram nesta quinta-feira (10), no Palácio do Planalto, com o ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, para manifestar apoio à manutenção do mandato da presidenta Dilma Rousseff.
O movimento reiterou sua posição contrária à tentativa de impeachment da presidenta, orquestrada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ).
Entidades e movimentos sociais, como a CTB, CUT, Contag, MST, Unegro, UNE, integram a Frente, formada em setembro deste ano contra as forças de direita que desde a derrota nas eleições de 2014 tentam derrubar o governo e paralisar o desenvolvimento do Brasil.
“Vamos trabalhar para resistir e enfrentar essa onda golpista. Os interesses materializados nessa tentativa de golpe servem para fazer reforma trabalhista, reprimir movimentos sociais, fazer reforma tributária regressiva; essa é a pauta deles, e nós vamos resistir”, disse Berzoini.
Em nota divulgada esta semana, a Frente reassumiu o compromisso de lutar contra o golpe, em defesa da democracia e do desenvolvimento. “Somos contra o impeachment, porque sobre a presidenta Dilma Rousseff não paira nenhuma acusação ou suspeita de crime, desonestidade ou ilegalidade. Não há qualquer fato ou decisão da presidenta que possa ser considerado crime de responsabilidade. E sem crime de responsabilidade, não existe motivo para o impeachment. Somos contra o impeachment, porque pretendem afastar a presidenta Dilma para revogar as conquistas e os direitos do povo brasileiro, para destruir e privatizar a Petrobras, para submeter o Brasil aos interesses imperialistas. Somos contrários ao impeachment, porque sabemos das motivações criminosas do deputado Eduardo Cunha. Dono de contas bancárias na Suíça, onde estão depositados vários milhões de reais, dinheiro de origem ilícita, Cunha quer que a oposição o proteja da cassação, em troca do que promete manipular o processo de impeachment e cassar o mandato legítimo da presidenta Dilma”, diz o texto.
Para o movimento, impedir o mandato da presidenta é anular “a legalidade e a soberania do voto popular”. A Frente defende o governo mas é contrária à política de ajuste fiscal que vem sendo implantada. Os membros do movimento aproveitaram a ocasião para reivindicar ações do governo em áreas como o campo, educação, juventude e no combate ao racismo. A FBP defende a retomada de crescimento com uma política econômica que siga avançando nas conquistas sociais, distribuição de renda, geração de emprego e inclusão social.
Para Adilson Araújo, presidente da CTB, é preciso “fazer prevalecer o mandato constitucional da presidenta Dilma, que foi eleita pelo voto democrático. Sabemos que o movimento liderado por Cunha depõe contra os interesses da sociedade, representando um conjunto de retrocessos, com uma agenda regressiva que propõe absurdos, como a terceirização irrefreável e a subtração de direitos sociais e trabalhistas”.
A FBP está organizando um grande Ato em Defesa da Democracia em todo o país e convocando todos os movimentos sociais a participarem. A grande mobilização nacional está marcada para o dia 16 de dezembro (quarta-feira).
Fonte: Portal CTB
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