sábado, 17 de novembro de 2012

DILMA ROUSSEFF: “FOMOS ATINGIDOS PELA CRISE INTERNACIONAL COM A DIMINUIÇÃO DO NOSSO COMÉRCIO EXTERIOR”.


Por Dedé Rodrigues.

Dilma
22ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Conferência Ibero-Americana

No “discurso na sessão de abertura da 22ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Conferência Ibero-Americana, que ocorre em Cádiz, na Espanha, a presidenta Dilma Rousseff voltou a defender o modelo brasileiro de investimento público e abertura de mercados como antídoto contra a crise econômica mundial, apesar de reconhecer que também o Brasil foi atingido pela crise internacioanal do capitalismo neoliberal.
Segundo Dilma “Temos assistido, nos últimos anos, aos enormes sacrifícios por parte das populações dos países que estão mergulhados na crise: reduções de salários, desemprego, perda de benefícios. As políticas exclusivas, que só enfatizam a austeridade, vêm mostrando seus limites em virtude do baixo crescimento. E, apesar do austero corte de gastos, assistimos ao crescimento dos déficits fiscais e não a sua redução. Os dados e as previsões para 2012 e 2013 mostram a elevação dos déficits e a redução dos PIBs [Produto Interno Bruto]”, disse.

 Para a presidenta, a simples demonstração de rigor nos gastos públicos não é suficiente para garantir a confiança no mercado internacional. “Confiança não se constrói apenas com sacrifícios. É preciso que a estratégia adotada mostre resultados concretos para as pessoas, apresente um horizonte de esperança e não apenas a perspectiva de mais anos de sofrimento”, destacou.

 Dilma cobrou que os países superavitários façam a sua parte para que se normalize e a atividade econômica sadia entre os países abrindo mercados e estimulando as importações em seus territórios. Segundo a presidenta, os governos devem estimular o aumentar os investimentos e do consumo tendo como objetivo a retomada do crescimento da economia mundial.

 Ela também apresentou dados sobre a economia brasileira para demonstrar que o modelo adotado pelo Brasil apostou na inclusão econômica e na garantia de direitos sociais para conseguir um desenvolvimento sustentado ao longo dos últimos anos. Dilma lembrou que os países da América Latina passaram 20 anos adotando o modelo de austeridade proposto agora a Portugal e à Espanha.

 Segundo a presidenta, o Brasil só conseguiu pagar sua dívida e acumular reservas, como recomendava o FMI, quando voltou a crescer. Atualmente, de acordo com Dilma, a estratégia adotada para manter o crescimento está centrada no investimento público em infraestrutura, estímulo à inovação tecnológica por meio de parcerias e manutenção dos investimentos sociais. A presidenta também lembrou que o aumento da competitividade das empresas é um desafio para o Brasil e os países da América Latina e propôs que a cúpula resulte em um documento que também priorize ações voltadas para a micro e pequena empresa e o empreendedorismo.

“A cooperação e a melhoria da competitividade requerem que asseguremos um ambiente econômico favorável às empresas parceiras de todos os pontos do mundo, em especial me refiro aqui à Espanha, a Portugal e, sobretudo, aos países latino-americanos, nesses investimentos. Daremos integral prioridade às pequenas e médias empresas e ao empreendedorismo”, disse.

Com informações de  Roberto Stuckert Filho 
Fonte: Agência Brasil

 

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