No programa Entrevista Record Atualidade, a ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e do Combate à Fome, faz um balanço impressionante do programa Brasil sem Miséria -- que a Presidenta Dilma lançou no Dia das Mães -- que permite prever que o Governo Dilma cumprirá a meta de erradicar a miséria absoluta ate 2014. Acompanhe a entrevista feita pelo blogueiro Paulo Henrique Amorim.
Segundo a ministra, 687 mil famílias extremamente pobres, antes “invisíveis”, foram localizadas pelo que o Ministério chama de “busca ativa” e incorporadas ao sistema do Bolsa Família.
Com o Brasil sem Miséria e o Brasil Carinhoso, programa para crianças até seis anos, o orçamento total do Bolsa Família chegou em 2012 a R$ 20 bilhões.
O que significa a ninharia de 0,46% do PIB.
Ou seja, o mais invejado programa de intervenção na luta contra a miséria tem, ainda por cima, essa virtude: gasta pouco.
E gasta bem.
Para cada R$ 1,00 investido no conjunto do Bolsa Família -- mostra a Ministra – R$ 1,44 voltam para a economia sob a forma de consumo.
Qual o impacto do Bolsa Família sobre a redistribuição da renda? -- Perguntou o ansioso blogueiro.
Lançado em maio de 2012, o Brasil Carinhoso – que atende 2,7 milhões de crianças que eram miseráveis – já reduziu em 40% a extrema pobreza em crianças até seis anos.
A simples administração de Vitamina A reduziu a mortalidade em 25%.
A renda dos 10% mais pobres no Brasil cresce como a da China, disse Campello.
E um em cada quatro brasileiros está no Bolsa Família.
E como se dá a “porta de saída”? A transição do Bolsa Família para o mercado de trabalho?
A Ministra Campello explicou que uma das saídas mais amplas é o Pronatec, com cursos profissionalizantes no sistema Senai.
Do total, 229 mil pessoas do Bolsa Família frequentam hoje cursos no Pronatec.
No interior, no semi-árido do Nordeste, tem sido fundamental o programa que construiu 111 mil cisternas.
O programa exige que 30% da merenda escolar seja de produtos da própria região.
O que beneficia a agricultura familiar de 129 mil famílias.
Sendo que 114 mil já se beneficiaram com o programa Luz para Todos.
Qual é maior inovação do Bolsa Família?
A Ministra explica que é o Cadastro Único.
São as informações sobre os dezessete milhões de famílias que fazem parte do Bolsa Família (e recebem, na media, R$ 134 por mês), ao longo dos oito anos de existência do programa.
A virtude do Cadastro, a Ministra explica, é que simples, universal e vai direto para a conta da mulher.
Quanto mais simples, funciona melhor.
E todos os estudiosos estrangeiros que tentam copiar a tecnologia do Bolsa Família desejam, sobretudo, replicar o Cadastro.
Os dados do cadastro superpostos aos mapas do Brasil do IBGE é que permitem localizar os “invisíveis” e incorporá-los aos serviços do Bolsa Família.
A meta é erradicar a miséria no Brasil até o fim do governo Dilma.
Já que, diz a Presidenta Dilma, país desenvolvido não tem miséria.
Fonte: Paulo Henrique Amorim
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