sexta-feira, 10 de maio de 2013

Preparação para 3º Encontro Nacional de Agroecologia


(por Sandro Ferreira)


O Nordeste já se prepara para a realização do 3º Encontro Nacional de Agroecologia (ENA) que acontece no primeiro semestre de 2014. Organizações, articulações e redes de seis estados do Nordeste estiveram reunidas dia 30 de abril, em Aldeia, Pernambuco, para discutirem o processo organizativo do evento que tem o seu processo preparatório descentralizado. Com o lema “Por que a Agroecologia hoje é importante para a sociedade brasileira?”, o 3º ENA é realizado pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e deverá reunir cerca de 2.000 pessoas no encontro, entre agricultores, experimentadores da agroecologia, profissionais e estudiosos do campo agroecológico, organizações de assessoria, redes, articulações e movimentos sociais.
A terceira edição do encontro mantém a estratégia de discutir agroecologia a partir das experiências vivenciadas e praticadas pelas famílias agricultoras nos seus territórios. Desta vez, no entanto, há um elemento novo na metodologia de preparação, que são as caravanas regionais. O objetivo é visitar áreas com conflitos no campo social e ambiental instalados, e haja reações por parte dos movimentos organizados. Segundo o coordenador do Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais (Sasop) e integrante da Comissão Organizadora Nacional do 3º ENA, Carlos Eduardo Leite, as caravanas são um espaço para reflexão e para perceber como as experiências agroecológicas estão fazendo o movimento de contra hegemonia frente ao agronegócio. “Dialogar para construir processos de reação mais coletivos, que é desafiador”, completa.
O encontro preparatório contou com a participação de 33 representações de organizações, redes, articulações e movimentos de diversos campos de atuação, que formaram o Coletivo Nordeste de Preparação ao 3º ENA. Esse fórum conduzirá todas as ações destinadas a preparação do ENA que ainda não tem data e local de realização definidos. Carlos Eduardo ressalta ainda que este é um momento novo para a ANA, porque é o primeiro encontro com uma articulação mais ampliada, envolvendo a sociedade civil em temas que são correlatos conosco. “Queremos construir um campo de acumulação para que a gente possa fazer um diálogo mais fácil com a sociedade, fazendo com que as pessoas entendam mais claramente porque a agreocologia é importante para o desenvolvimento brasileiro”, conclui Carlos Eduardo.
Fonte: Sasop

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