terça-feira, 26 de novembro de 2013

DIREITA NEOLIBERAL ESTÁ SENDO ACUSADA DE ROUBAR AS ELEIÇÕES DO DOMINGO EM HONDURAS.



Por Dedé Rodrigues.

 


Honduras, oficialmente República das Honduras, é um país da América Central, limitado a norte pelo Golfo das Honduras, a norte e a leste pelo Mar das Caraíbas (por onde possui fronteira marítima com o território colombiano de San Andrés e Providencia), a sul pela Nicarágua, pelo Golfo de Fonseca e por El Salvador e a oeste pela Guatemala. Sua capital é Tegucigalpa. Este país passa por uma imensa crise política desde 2009 quando um presidente nacionalista e antineoliberal sofreu um golpe de Estado e foi deposto, cujo golpe, foi apoiado pelos Estados Unidos e pela direita do continente.  Agora, depois das eleições apertadas do domingo, 24 de novembro de 2013, as principais forças que perderam ás eleições estão acusando o candidato da direita capitalista neoliberal de ter roubado as eleições.



Crise política se aprofunda depois das eleições em Honduras.


A crise que eclodiu em Honduras com o golpe de Estado de 2009 se prolonga agora depois das eleições do último domingo (24), cujos resultados não são reconhecidos pelas duas maiores forças de oposição.


O partido Liberdade e Refundação (Libre), que aglutina as forças antigolpistas, confirmou nesta segunda-feira (25) que a vencedora das eleições é sua candidata Xiomara Castro, que na noite do domingo se declarou presidenta eleita.


O coordenador nacional do Libre e da Frente Nacional de Resistencia Popular, Manuel Zeyala, assegurou que a resposta da população foi eloquente e contundente a favor das transformações na nação.


A advogada Rixi Moncada explicou que cerca de 40 por cento das atas, nas quais a vitória de Castro é contundente, foram excluídas de una maneira ou de outra da apuração do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE).


Moncada sublinhou que se cometeu uma clara fraude para favorecer o candidato do Partido Nacional, de direita que se encontra no poder, Juan Orlando Hernández, que já foi felicitado como presidente eleito pelo presidente atual, Porfirio Lobo.


Zelaya rechaçou esses resultados e sublinhou que seus partidários pedem apenas respeito à vontade popular e pelo triunfo de Xiomara Castro, e confirmou que defenderão este resultado por vias pacíficas.


Não estamos dispostos a renunciar a estes resultados que foram alcançados pela vontade do povo. Vamos defender cada vaga de deputado, cada prefeitura, cada urna, expressou.


O ex-governante, deposto pelo golpe militar de 28 de junho de 2009, descartou estabelecer negociações com o Estado sobre o conflito eleitoral e assegurou que reclama sejam respeitados os direitos do povo.


Zelaya agregou que se for necessário a população voltará a se manifestar nas ruas como fez a resistência popular depois do golpe militar.

Por seu turno, o Partido Anticorrupção (PAC), que segundo a contagem oficial de votos marcha em quarto lugar, também anunciou que não reconhece os resultados anunciados pelo Tribunal Eleitoral.


O candidato presidencial do PAC, Salvador Nasralla, assegurou que o sistema de informática do TSE foi violado para introduzir atas de votação falsas, enquanto uma outra grande quantidade foram adulteradas.


Hernández anunciou que começará o processo de transferência do governo com o presidente Lobo até assumir em 27 de janeiro próximo.


O candidato oficialista já foi reconhecido como vencedor pelo governo dos Estados Unidos e outros de direita do continente.



O presidente do Tribunal Supremo Electoral (TSE), David Matamoros, em um comunicado emitido na noite desta segunda-feira, deu como definitivos os resultados com 67 por cento das atas escrutinadas, embora se abstivesse de proclamar um vencedor.


Segundo a contagem oficial, o candidato do Partido Ação Nacional se encontra à frente com 34,8 por cento dos votos, com uma tendência que segundo Matamoros já não mudará.


A mesma fonte dizia que Xiomara Castro tinha 28,3 por cento; Mauricio Villeda, do Partido Liberal, 20,7; e Nasralla 14,6.

Prensa Latina


Nenhum comentário:

Postar um comentário