Por Dedé Rodrigues.
Honduras, oficialmente República das Honduras, é um país da
América Central, limitado a norte pelo Golfo das Honduras, a norte e a leste
pelo Mar das Caraíbas (por onde possui fronteira marítima com o território
colombiano de San Andrés e Providencia), a sul pela Nicarágua, pelo Golfo de
Fonseca e por El Salvador e a oeste pela Guatemala. Sua capital é Tegucigalpa. Este
país passa por uma imensa crise política desde 2009 quando um presidente
nacionalista e antineoliberal sofreu um golpe de Estado e foi deposto, cujo golpe,
foi apoiado pelos Estados Unidos e pela direita do continente. Agora, depois das eleições apertadas do domingo,
24 de novembro de 2013, as principais forças que perderam ás eleições estão
acusando o candidato da direita capitalista neoliberal de ter roubado as eleições.
Crise política se
aprofunda depois das eleições em Honduras.
A crise que eclodiu em Honduras com o golpe de Estado de
2009 se prolonga agora depois das eleições do último domingo (24), cujos
resultados não são reconhecidos pelas duas maiores forças de oposição.
O partido Liberdade e Refundação (Libre), que aglutina as
forças antigolpistas, confirmou nesta segunda-feira (25) que a vencedora das
eleições é sua candidata Xiomara Castro, que na noite do domingo se declarou
presidenta eleita.
O coordenador nacional do Libre e da Frente Nacional de
Resistencia Popular, Manuel Zeyala, assegurou que a resposta da população foi
eloquente e contundente a favor das transformações na nação.
A advogada Rixi Moncada explicou que cerca de 40 por cento
das atas, nas quais a vitória de Castro é contundente, foram excluídas de una
maneira ou de outra da apuração do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE).
Moncada sublinhou que se cometeu uma clara fraude para
favorecer o candidato do Partido Nacional, de direita que se encontra no poder,
Juan Orlando Hernández, que já foi felicitado como presidente eleito pelo
presidente atual, Porfirio Lobo.
Zelaya rechaçou esses resultados e sublinhou que seus
partidários pedem apenas respeito à vontade popular e pelo triunfo de Xiomara
Castro, e confirmou que defenderão este resultado por vias pacíficas.
Não estamos dispostos a renunciar a estes resultados que
foram alcançados pela vontade do povo. Vamos defender cada vaga de deputado,
cada prefeitura, cada urna, expressou.
O ex-governante, deposto pelo golpe militar de 28 de junho
de 2009, descartou estabelecer negociações com o Estado sobre o conflito
eleitoral e assegurou que reclama sejam respeitados os direitos do povo.
Zelaya agregou que se for necessário a população voltará a
se manifestar nas ruas como fez a resistência popular depois do golpe militar.
Por seu turno, o Partido Anticorrupção (PAC), que segundo a
contagem oficial de votos marcha em quarto lugar, também anunciou que não
reconhece os resultados anunciados pelo Tribunal Eleitoral.
O candidato presidencial do PAC, Salvador Nasralla, assegurou
que o sistema de informática do TSE foi violado para introduzir atas de votação
falsas, enquanto uma outra grande quantidade foram adulteradas.
Hernández anunciou que começará o processo de transferência
do governo com o presidente Lobo até assumir em 27 de janeiro próximo.
O candidato oficialista já foi reconhecido como vencedor
pelo governo dos Estados Unidos e outros de direita do continente.
O presidente do Tribunal Supremo Electoral (TSE), David
Matamoros, em um comunicado emitido na noite desta segunda-feira, deu como
definitivos os resultados com 67 por cento das atas escrutinadas, embora se
abstivesse de proclamar um vencedor.
Segundo a contagem oficial, o candidato do Partido Ação
Nacional se encontra à frente com 34,8 por cento dos votos, com uma tendência
que segundo Matamoros já não mudará.
A mesma fonte dizia que Xiomara Castro tinha 28,3 por cento;
Mauricio Villeda, do Partido Liberal, 20,7; e Nasralla 14,6.
Prensa Latina
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