domingo, 24 de novembro de 2013

Prosa@poesia alimento para a alma combustível para transformações


 

Postado por Dedé Rodrigues.

O Vermelho oferece aos internautas esta página prosa@poesia por ter certeza de que o movimento transformador e o pensamento progressista – sobretudo agora quando as contradições e os paradoxos do capitalismo trazem a barbárie à cena da história – precisam mais do que nunca valorizar o papel indispensável das artes e da literatura na jornada libertária dos trabalhadores e da humanidade.


A vida sem a arte se assemelharia à existência dos mortos, das pedras ou dos porcos. Desde as pinturas rupestres nossa espécie manifesta esta distinção em relação às demais: para viver não basta dar carne, leite e cereais ao corpo, também é preciso alimentar a alma que, para luzir, carece de arte. Ademais, a tarefa de humanizar, civilizar o homem não está completa. Cabe à cultura, cabe às artes ajudar a completar essa tarefa. E neste trabalho infinito, cada verso de uma poesia, cada linha de uma prosa é um grão de sal tão necessário ao oceano.

Digamos que apenas isso bastaria para proclamar a que veio e por que veio ao Vermelho o prosa@poesia.

Acontece que o Vermelho é um portal destinado, sobretudo, aos que querem transformar o mundo. Mundo que depois de tantas revoluções e contra-revoluções, depois de tanto saltar e andar de banda; mundo mesmo que depois de tantas transformações, continua velho e arcaico. É no ninho das artes que, primeiro, são gestadas as novas linguagens pelas quais emanam mensagens, por excelência, inimigas das ''Vossas Excelências'' que fazem alastrar a fome e as guerras e mutilam as pessoas, rios e florestas.

Quão poderosa é a razão. Sem as ciências os poetas ainda estariam a escrever com bico de pena. Sem as ciências nossa espécie já teria perecido, destruída por doenças e pragas. Todavia, ninguém transforma o mundo somente com postulados e enunciados exatos. Sem ter sensibilidade para expressar as incertezas e dilemas da subjetividade humana, sem a arte para expressar as inquietações, as dores e os prazeres, as alegrias e as desgraças que nos rondam, sem a prosa e a poesia para expressar os sentimentos e as emoções das pessoas, do povo, não há transformação. Tudo isso é proclamado sem desconhecimento de que – embora tão diferentes – a arte e a ciência são irmãs.

''No ar'', prosa@poesia

por Adalberto Monteiro

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