(Reproduzido por Sandro Ferreira)
Como construir uma educação de qualidade para todos que tenha valores duradouros, além de flexibilidade e ludicidade necessárias para integrar os jovens nos desafios contemporâneos? Mais: de que forma a educação pode contribuir para o fortalecimento da coesão social e criação de novas formas associativas de cooperação e solidariedade necessárias para um mundo sustentável?
O primeiro desafio é a ampliação da dimensão da aprendizagem. Hoje, não se pode pensar apenas na educação formal stricto sensu, mas na educação em que as fronteiras entre a educação formal, não formal e informal são muito tênues. A sustentabilidade traz a noção da interdependência das pessoas com o meio ambiente, na medida em que enfatiza a importância do cuidar de si mesmo, do outro, da comunidade e do planeta.
Assim, a escola pode ser um centro irradiador que possibilite essas conexões e articulações de espaços e tempos educativos nos territórios e na cidade como um todo. A mobilidade urbana do mundo contemporâneo implica no mapeamento dos equipamentos públicos e do potencial das diferentes comunidades que podem conformar uma cidade educadora, conectada com a escola e com o planeta.
Outro grande desafio da educação hoje é integrar conceitos, princípios e ações em um mundo que exige uma visão holística e um pensamento sistêmico, transversal na construção colaborativa do conhecimento. Por certo não existe uma receita, mas diferentes experiências têm apontado para um formato que prioriza metodologias como o “aprender fazendo” contextualizado com o mundo local e global, ou o uso das novas tecnologias em uma pedagogia capaz de integrar diferentes ferramentas na busca de um aprendizado personalizado e mais eficaz.
Cada vez mais os jovens têm apostado e vivenciado essa nova forma de ser e atuar no mundo. O foco no conhecimento e nos trabalhos colaborativos traz uma mudança de eixo fundamental de produção na direção da construção de um novo paradigma que tem a cooperação como base de atuação.
Na educação, essa visão encontra respaldo em algumas políticas que buscam articular municípios e/ou escolas com espaços diversos das comunidades.
Por Neca Setubal, em seu Blog.
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