A comissão especial destinada a analisar o projeto de lei que trata da reformulação do ensino médio aprovou nesta semana o parecer que estabelece um novo modelo para o ensino médio do País. Para o deputado Chico Lopes (PCdoB-CE), o ensino médio deve ser capaz de oferecer qualificação e perspectivas para o conjunto dos estudantes, incluindo os que hoje seguem diretamente para o mercado de trabalho.
O deputado Chico Lopes, que acompanhou toda a tramitação do projeto, em debates e audiências sobre o tema, afirma que "há muitos anos o ensino médio tem sido tratado apenas como uma etapa para o acesso do estudante à universidade, mesmo que apenas 12% dos alunos do ensino médio cheguem ao ensino superior", aponta o deputado.
O projeto reorganiza os currículos a partir das áreas de conhecimento, como linguagens, matemática, ciência da natureza e ciências humanas. Dentro dessa divisão, o aluno poderá optar por qualquer uma das áreas para ter aulas extras no contraturno. O período oposto ao das aulas do currículo comum também poderá ser utilizado para educação profissionalizante.
O projeto amplia a carga horária do ensino médio de 800 para 1.400 horas para garantir a ampliação do ensino profissionalizante; e mantém a meta do Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece que a educação em tempo integral contemple no mínimo 50% das escolas públicas e ofereça pelo menos 25% das matrículas dos alunos da educação básica em um prazo de dez anos.
O projeto estabelece ainda que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja componente curricular obrigatório do ensino médio e que a aplicação contemple as quatro áreas do conhecimento. O texto prevê um prazo de validade de três anos para o Enem e faculta ao aluno a possibilidade de repetir o exame a qualquer tempo.
Da Redação em Brasília
Com agências
Agência Câmara
O deputado Chico Lopes acompanhou toda a tramitação do projeto, em debates e audiências sobre o tema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário