Pelo menos 21 milhões de seres humanos no planeta sofrem novas formas de escravidão, denunciaram nesta semana, especialistas das Nações Unidas em direitos humanos, considerando que é necessária vontade política para combater o flagelo.
Entre as formas mais comuns desta escravidão dos tempos modernos conta-se o trabalho nas minas e explorações agrícolas, a exploração sexual e vários trabalhos na economia paralela.
As mulheres e crianças do sexo feminino representam a maioria dos que se encontram em situação idêntica aos antigos escravos, afirmou a relatora especial para as Formas Modernas de Escravidão, Urmila Bhoola, ao apresentar uma declaração a propósito do Dia para a Abolição da Escravidão, na terça-feira (2).
Segundo a jurista sul-africana, as estatísticas sobre este flagelo não incluem os 168 milhões de menores submetidos ao trabalho infantil, metade dos quais em trabalhos perigosos, o que revela bem a dimensão do problema.
Na declaração conjunta subscrita pela relatora Bhoola, pelo relator especial para a Venda e a Exploração Sexual de Crianças, Maud de Boer-Buquicchio, e pela relatora especial para o Tráfico de Pessoas, Grazia Giammarinaro, exige-se que os estados cumpram as suas obrigações face às leis internacionais sobre direitos humanos e se empenhem mais para eliminar o flagelo da nova escravidão.
Os três especialistas pedem ainda que as negociações em curso para fixar a agenda de desenvolvimento sustentável após 2015 tenham em conta a erradicação deste flagelo.
Fonte: Jornal Avante
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