segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

China intensifica laços internacionais em 2014


A China confirmou em 2014 sua disposição em tomar parte ativa nos assuntos internacionais com um empreendimento diplomático que alcançou todos os rincões do mundo e um relevante aprofundamento de suas relações de cooperação com países e regiões.


 
 

O tema das relações exteriores acaba de ser analisado pelas máximas autoridades chinesas durante uma conferência nacional na qual o presidente Xi Jinping expressou a necessidade de priorizar o desenvolvimento pacífico e a modernização nacional com a defesa da soberania, segurança e os interesses do progresso.

Ao mesmo tempo, o chefe de Estado reivindicou trabalhar para propiciar um ambiente internacional que ofereça oportunidades estratégicas para o avanço da China.

A China terminou 2014 com a visita do primeiro-ministro Li Keqiang ao Cazaquistão, Sérvia e Tailândia, onde participou respectivamente de importantes reuniões internacionais; a primeira delas, a reunião de chefes de Governo da Organização de Cooperação de SXangai, em Astana.

Na Sérvia, Li participou do terceiro encontro de líderes da China e dos países do Centro e Leste Europeu, enquanto na Tailândia esteve na quinta cimeira sobre Cooperação Econômica da Grande Subregião do Mekong.

Viagens internacionais como esta, realizadas pelo primeiro-ministro foram uma tônica permanente neste ano, durante o qual o presidente Xi realizou visitas a Europa, América Latina e Oceania.

A primeira dessas viagens conduziu o presidente em março ao chamado Velho Continente, onde participou da Cimeira de Segurança Nuclear de Haia e realizou viagens oficiais à Holanda, França, Alemanha e Bélgica, com visitas à sede da Unesco em Paris e à da União Europeia em Bruxelas.

Em julho, Xi viajou ao Brasil para participar na Cimeira do Grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) celebrada na cidade de Fortaleza e começou nessa nação sul-americana uma visita que incluiu também Argentina, Venezuela e Cuba.

Especialistas consultados indicaram que na segunda visita a essa região do mundo em dois anos - a primeira em 2013 incluiu o México, Costa Rica e Trinidade e Tobago - confirmou a decisão da China em aprofundar os laços de cooperação com essas nações e participar ativamente em seu processo de desenvolvimento.

Os encontros de Xi com seus respectivos anfitriões e a assinatura de numerosos acordos de cooperação - alguns multimilionários - sustentaram estes critérios, nas vésperas da realização, em janeiro de 2015, em Pequim, da primeira reunião ministerial do Foro Econômico China-Celac.

O estabelecimento dessa entidade da China e os países da América Latina foi acordado na cimeira da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) celebrada em Havana, em janeiro de 2013.

Ainda que 2014 tenha sido um ano crucial para o fortalecimento da China na arena internacional, os analistas consideram que a joia da coroa de sua diplomacia, neste ano, foram as sessões, em Pequim, da cimeira do Foro de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico.

A esta foram os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama; da Rússia, Vladimir Putin; do Chile, Michelle Bachelet; o peruano Ollanta Humala e outros muitos da Ásia e do Pacífico, que elogiaram a organização destes encontros, neste caso presidido por Xi Jinping.

Das reuniões em separado, destacou a realizada com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, a primeira vez em que as duas partes se encontraram nos últimos dois anos, depois da crise das relações bilaterais por disputas territoriais no mar oriental.

Xi também recebeu o presidente vietnamita, Truong Tan Sang, e ambos expressaram a disposição de solucionar suas divergências através do diálogo e da consulta, e aproveitar este momento para melhorar suas relações bilaterais.

Estes intercâmbios reafirmam as declarações do governo chinês de estar disposto a solucionar suas diferenças através da negociação e as consultas amistosas, ainda que no caso do Japão Xi advertiu a Abe que Tóquio tem que fazer bem mais para ganhar a confiança de seus vizinhos.

Como coroação por sua ativa gestão internacional, à qual se soma a participação da China no debate e promoção da paz nos principais focos de tensão existentes no mundo e sua assistência aos principais foros internacionais, o Presidente viajou à Austrália, Nova Zelândia e Fiji.

A viagem pela primeira vez a Fiji, um dos estados-ilhas do Pacífico, por parte de um Presidente chinês, serviu de palco para encontros em separado com líderes de outros sete países-ilhas do Pacífico: Micronésia, Samoa, Papua Nova Guiné, Vanuatu, Ilhas Cook, Tonga e Niue.

Em Nadi, a capital de Fiji, também se realizou uma cimeira com os oito dirigentes dessas nações durante a qual se anunciou a decisão de estabelecer uma associação estratégica com a China, uma demonstração do respeito e desenvolvimento comuns, segundo especialistas nesta capital.

Durante uma conferência de trabalho sobre Relações Exteriores convocada pelo Comitê Central do Partido Comunista da China - realizada em Pequim nos últimos dias de novembro - Xi ofereceu um panorama do mundo atual e os objetivos que devem ser traçados neste país.

A esse respeito, o líder chinês expressou a importância de manter as bandeiras da paz, o desenvolvimento e a cooperação mutuamente benéfica para alcançar os interesses nacionais e internacionais e avançar para isso de forma equilibrada.

Um aspecto relevante desse encontro foi o chamado de Xi a estarem cientes dos riscos e desafios, e serem capazes de desativar com habilidade crises potenciais e convertê-las em oportunidades para o desenvolvimento da China.

Fonte: Prensa Latina

Nenhum comentário:

Postar um comentário