Repetindo os casos dos vazamentos seletivos de 2015, a grande mídia publica notícia-bomba, que depois é desmentida pelos fatos. A bola da vez foi o depoimento de Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, que modificou sua versão sobre um suposto pagamento de propina de US$ 4 milhões à campanha de reeleição do então presidente Lula, em 2006, com recursos que teriam origem na obra de Renovação do Parque de Refino (Revamp) da refinaria de Pasadena, no Texas.
No termo de delação homologado pelo STF, Cerveró não cita o ex-presidente
Segundo reportagem do Valor, mesmo jornal que divulgou trecho do depoimento de Cerveró na última segunda (11), o ex-diretor da Petrobras não mencionou o suposto caixa 2 no termo do depoimento da delação premiada homologado pelo ministro Teori Zavascki, relator da investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). Ou seja, o ex-presidente Lula não é mencionado na declaração sobre Pasadena.
No entanto, esse mesmo termo do depoimento teve trechos vazados na imprensa no ano passado e utilizado para tentar envolver o ex-presidente Lula. O tal esboço do termo da delação premiada, que garantiu a capa de revistas semanais e manchetes de jornais, dizia que a campanha de Lula em 2006 havia recebido R$ 4 milhões da Odebrecht em contrapartida por obras na refinaria de Pasadena.
Agora, o Valor Econômico, que não informa quando obteve tal documento, diz que teve acesso aos documentos e que tal informação não consta da delação oficial de Cerveró. Mas para manter o tom de criminalização, o veículo diz que Cerveró mudou a versão.
Na primeira versão citada pela grande mídia, Cerveró teria dito que “foi acertado que a Odebrecht faria o adiantamento de US$ 4 milhões para a campanha do presidente Lula”. Agora, no termo do depoimento da delação cujo jornal Valor teve acesso, o ex-diretor não fala do nome do ex-presidente Lula e diz que o aditamento não foi no contrato da Odebrecht, mas da UTC.
“Foi decidido que (...) a contrapartida da UTC pela participação nas obras do Revamp seria o pagamento de propina; que se acertou que a UTC adiantaria uma propina de R$ 4 milhões, que seriam para a campanha de 2006, cuja destinação seria definida pelo senador Delcídio do Amaral”, diz o documento.
O que essa mídia não fala é que Cerveró quer salvar a própria pele e para isso tenta dizer aos procuradores o que eles querem com palavras como “eu acho”, “eu acredito”, “me disseram” antes das citações que fez sobre Lula. Mas, quando falou oficialmente aos procuradores, retirou o “acho”.
Aí, a oposição tucana vai dizer: Então, o mesmo vale para as afirmações que fez contra o governo FHC. Pelo que foi divulgado até agora, não é possível confirmar essa premissa. Isso porque diferentemente das citações que fez sobre Lula, as informações da negociata no governo tucano na compra de uma empresa argentina pela Petrobras, em 2002, foi confirmada por outro delator, Fernando Baiano, e ambos receberam propina pelo esquema. Mas, o que tudo indica, os procuradores da Lava Jato não estão muito interessados em saber mais detalhes sobre tal fato, abafando o esquema no governo tucano.
No entanto, esse mesmo termo do depoimento teve trechos vazados na imprensa no ano passado e utilizado para tentar envolver o ex-presidente Lula. O tal esboço do termo da delação premiada, que garantiu a capa de revistas semanais e manchetes de jornais, dizia que a campanha de Lula em 2006 havia recebido R$ 4 milhões da Odebrecht em contrapartida por obras na refinaria de Pasadena.
Agora, o Valor Econômico, que não informa quando obteve tal documento, diz que teve acesso aos documentos e que tal informação não consta da delação oficial de Cerveró. Mas para manter o tom de criminalização, o veículo diz que Cerveró mudou a versão.
Na primeira versão citada pela grande mídia, Cerveró teria dito que “foi acertado que a Odebrecht faria o adiantamento de US$ 4 milhões para a campanha do presidente Lula”. Agora, no termo do depoimento da delação cujo jornal Valor teve acesso, o ex-diretor não fala do nome do ex-presidente Lula e diz que o aditamento não foi no contrato da Odebrecht, mas da UTC.
“Foi decidido que (...) a contrapartida da UTC pela participação nas obras do Revamp seria o pagamento de propina; que se acertou que a UTC adiantaria uma propina de R$ 4 milhões, que seriam para a campanha de 2006, cuja destinação seria definida pelo senador Delcídio do Amaral”, diz o documento.
O que essa mídia não fala é que Cerveró quer salvar a própria pele e para isso tenta dizer aos procuradores o que eles querem com palavras como “eu acho”, “eu acredito”, “me disseram” antes das citações que fez sobre Lula. Mas, quando falou oficialmente aos procuradores, retirou o “acho”.
Aí, a oposição tucana vai dizer: Então, o mesmo vale para as afirmações que fez contra o governo FHC. Pelo que foi divulgado até agora, não é possível confirmar essa premissa. Isso porque diferentemente das citações que fez sobre Lula, as informações da negociata no governo tucano na compra de uma empresa argentina pela Petrobras, em 2002, foi confirmada por outro delator, Fernando Baiano, e ambos receberam propina pelo esquema. Mas, o que tudo indica, os procuradores da Lava Jato não estão muito interessados em saber mais detalhes sobre tal fato, abafando o esquema no governo tucano.
Do Portal Vermelho, com informações de agências
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