quarta-feira, 20 de março de 2013

Esquivel: Venezuela escolhe entre bolivarianismo e neoliberalismo


O cenário eleitoral venezuelano, com sete candidatos à presidência da República, mostra visões opostas nos programas para aplicar a gestão da sociedade nacional.

Por Mario Esquivel*, na AVN



No campo do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) e seus aliados, com Nicolás Maduro como aspirante nas eleições de 14 de abril, a aposta está na continuidade dos projetos iniciados sob o mandato do Comandante Hugo Chávez.

Durante sua inscrição no Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Maduro apresentou como programa de governo o 2º Plano Socialista 2013-2019, feito pelo próprio Chávez para um mandato que não concluiu por sua morte.

Os cinco grandes objetivos que constituem o legado do estadista para a revolução bolivariana estão desta maneira presentes na agenda do candidato socialista.

Unida a ele está a continuidade da política de inclusão social aplicada nos últimos 14 anos, durante os quais o governo destinou US$ 551 bilhões para programas de amplo impacto na população.

As cifras são eloquentes, com mais de oito milhões de estudantes nos diferentes sistemas de ensino e 2,4 milhões de pessoas com acesso aos benefícios de seguridade social.

Além disso, um ambicioso plano de moradias em execução que já supera as 346 mil unidades habitacionais entregues e espera-se entregar outras 380 mil em 2013.

Capriles

No campo da oposição, o governador do estado Miranda, Henrique Capriles, recorre a fórmulas muito similares às utilizadas na disputa eleitoral de 7 de outubro, quando foi derrotado pelo presidente Chávez.

Sobre isso, o chefe do Comando de Campanha Hugo Chávez, Jorge Rodríguez, denunciou que o programa da direita apenas eliminou algumas partes complexas de sua proposta inicial, mas a essência permaneceu a mesma.

Rodríguez lembrou que querem a redução do Estado, o que implica a privatização de numerosas empresas já resgatadas pelo governo bolivariano em benefício do povo.

Também em seus discursos em vários estados, como parte de sua campanha iniciada em violação às normas do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Capriles ratificou sua intenção de acabar com o que denominou “farra do petróleo” a outros países.

Uma posição deste tipo atenta contra acordos de cooperação firmados pela Venezuela como Petrocaribe, verdadeiro tratado de complementação energética que envolve 18 países.

Sem dúvidas, diante dos venezuelanos está o objetivo de ratificar a continuidade da inclusão social conquistada sob a gestão bolivariana, diante da ameaça que representa a posição neoliberal da direita.

*Mario Esquivel é correspondente da Prensa Latina na Venezuela.

Tradução:
da Redação do Vermelho, Vanessa Silva

Veja o especial do Vermelho sobre as eleições na Venezuela



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