Paris – Como costumava dizer Wernher von Braun, o cientista de foguetes, o obstáculo mais esmagador à exploração do cosmos não é a gravidade, mas a burocracia.
Isso sem falar no dinheiro.
Assim, quando Bas Lansdorp começou a sonhar em estabelecer a primeira colônia humana permanente em Marte, há mais de uma década, seu foco principal não era vencer os desafios tecnológicos. Era o modelo de negócios.
"Toda a tecnologia necessária já existe – ou quase", declarou ele. "Eu simplesmente não conseguia descobrir como financiá-la."
Lansdorp, um engenheiro e empreendedor holandês de 36 anos, não possui o reconhecimento público de Dennis Tito, o financista e turista espacial americano que anunciou recentemente um plano de enviar duas pessoas numa viagem a Marte em 2018. Lansdorp também não espera se equiparar à riqueza de Elon Musk, o bilionário fundador da SpaceX e da Tesla Motors, que propôs enviar até 80 mil pessoas ao Planeta Vermelho e cobrar US$ 500 mil de cada uma. Richard Branson, o empresário da Virgin, também tem aspirações espaciais.
Mas Lansdorp pensa ter encontrado o plano perfeito para arrecadar os US$ 6 bilhões que, segundo ele, são necessários para pousar uma tripulação inicial de quatro pessoas na superfície marciana até 2023. Toda a missão – da escolha e treinamento dos astronautas à chegada e construção de um assentamento permanente – seria transmitida mundialmente como um programa estilo reality show.
"Quantas pessoas você acha que gostariam de assistir aos primeiros humanos chegando em Marte?" perguntou Lansdorp numa entrevista recente, recordando as mais de 600 milhões de pessoas que teriam visto ao vivo as imagens em preto e branco de Neil Armstrong dando os primeiros passos na lua, em 1969.
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