segunda-feira, 25 de março de 2013

'Partido é apenas uma ferramenta do movimento', diz Marina Silva


(por Sandro Ferreira)


Ex-ministra esteve em Rio Branco para buscar apoiadores para Rede. 
Sobre pesquisa, Marina diz não se iludir com números.


Marina Silva em visita ao Acre (Foto: Duaine Rodrigues /G1)

A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva esteve em Rio Branco, capital doAcre, neste domingo (24) para buscar novos apoiadores à criação do partido Rede Sustentabilidade, lançado em 16 de fevereiro deste ano. O movimento, como é denominado por Marina, tem como objetivo coletar 500 mil assinaturas para garantir a criação da Rede.
Durante a visita, Marina ressaltou que o partido é apenas uma ferramenta do movimento, que está agregado e integrado. "Por isso, digo que o nome Rede tem dois trilhos: o da Rede partido, que é uma ferramenta; e o da Rede movimento, que é muito maior do que o partido. Nesse momento nós somos integrados como uma comunidade de pensamento, em torno dessa visão de desenvolvimento, de pessoas que estão buscando e criando um novo ativismo, que chamo de ativismo autoral", diz.
Segundo a ex-ministra, trata-se de um ativismo que parte do desenvolvimento das pessoas, daquele cidadão que se coloca como sujeito e não como espectador dentro de um espaço político amplo.
"O esforço é transformar esse autoral em coautoral, o individual em projeto coletivo. Na realidade do Brasil essa integração já existe, tanto que ficamos dois anos como movimento. É apenas uma pequena parte do movimento que está se transformando no partido", garante.
Marina Silva destacou ainda que a passagem por Rio Branco serviu também para a promoção de um encontro com o intuito de discutir as propostas e, com isso, criar a possibilidade de estabelecer o programa da Rede. O debate ocorreu no Cine Teatro Recreio.
"Vamos fazer os seminários com os diferentes setores da sociedade e partir daquelas diretrizes de 2010 e estabelecer o programa da Rede até o próximo congresso, que deve ser realizado no próximo ano", comenta.
'Não devemos cair na armadilha da antecipação'
Questionada sobre a pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira (22), que a posicionou atrás de Dilma Rousseff na preferência dos eleitores para as eleições presidenciais de 2014, Marina Silva afirma se sentir feliz e mobilizada, já que o resultado, segundo ela, reflete o potencial da nova visão de política, de desenvolvimento e de país que o movimento representa.
"Ficamos felizes e mobilizados pelo fato de perceber que as propostas que defendemos em 2010, têm acolhimento na ação política dos cidadãos brasileiros. O que ficamos felizes é que aquilo que estamos dizendo em termos de pensar o desenvolvimento econômico, social do Brasil e ao mesmo tempo preservando as bases naturais do nosso desenvolvimento, de fato tem uma potencialidade muito grande", analisa.
Para a ex-senadora, o momento é oportuno para a discussão de propostas e alinhamentos políticos programáticos. Ela ressalta que não se deve deixar cair na armadilha da antecipação das eleições.
"Insisto que esse é o momento do intervalo para discutir propostas, ideias, uma agenda para o Brasil,  fazer os alinhamentos políticos programáticos e não cair na armadilha da antecipação das eleições. Prefiro associar essa manifestação dos cidadãos, como o processo de avaliação que estão fazendo para sua escolha que será no momento oportuno", conclui.
fonte: G1

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