O ex-juiz espanhol Baltasar Garzón afirmou que o papa Francisco “poderia perfeitamente abrir os arquivos do Vaticano para revelar as comunicações e todas as informações que na época da ditadura militar enviados para Argentina”. E acrescentou que “é conhecido que durante a ditadura as vítimas recorreram à Igreja, assim como as Mães a Avós da Praça de Maio enviaram cartas ao papa João Paulo II”.
Ex-juiz espanhol, Baltazar Garzón
Garzón fez referência aos documentos que diplomatas podem ter enviado ao Vaticano durante a última ditadura (1976-1983).
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Em conversa com a imprensa, Garzón disse ainda que os juízes que defendem as causas sobre crimes de lesa humanidade que devem solicitar estes arquivos mediante o recurso de Comissões Rogatórias e concluiu: “eu como juiz o faria”.
O ex-magistrado defendeu, na Espanha, causas contra repressores argentinos nos anos 1990 — quando ainda estavam vigentes os indultos a militares e as leis de Obediência Devida e Ponto Final —, e foi afastado de seu cargo em 2010 pelo Conselho do Poder Judicial de seu país, após ter tentado investigar os crimes da ditadura franquista.
Da Redação do Vermelho,
com agências
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