Por Dedé Rodrigues.
Envelheço quando me agarro aos princípios me tornando
sectário...
Envelheço quando abro mão dos ideais coletivos em troca de interesses pessoais...
Envelheço quando abro mão dos ideais coletivos em troca de interesses pessoais...
Envelheço quando deixo de ser radical e me satisfaço com as
reformas...
Envelheço quando o novo me assusta e minha mente insiste no
comodismo...
Envelheço quando me torno impaciente, intransigente e não
consigo dialogar...
Envelheço quando penso em ousar, mas temo o preço da
ousadia...
Envelheço quando permito que o cansaço e o desalento tomem
conta da minha alma...
Envelheço quando tenho chance de amar, mas vence o medo de
arriscar...
Envelheço quando paro de lutar...
Envelheço quando deixo de inovar no trabalho...
Envelheço quando calo diante da injustiça...
Envelheço quando me aferro a dogmas...
Envelheço quando deixo de fazer novos amigos...
Envelheço quando a rotina toma conta de mim...
Envelheço quando um simples bom dia se torna difícil
pronunciar...
Envelheço quando deixo de sonhar sonhos possíveis...
Envelheço quando alimento o preconceito...
Envelheço quando não faço valer os meus “direitos”...
Envelheço quando não cumpro como os meus “deveres”...
Envelheço quando me torno alienado...
Envelheço quando me torno consumista...
Envelheço quando agrido a cultura dos outros...
Envelheço quando pratico a xenofobia...
Envelheço quando abro mão da ciência...
Envelheço quando faço politicagem...
Envelheço quando deixo de acreditar que outro mundo é
possível...
Tabira, 23 de março de 2013.
Por Dedé Rodrigues e autor desconhecido.
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